Esta história foi retirada do livro"Histórias tradicionais Portuguesas" da editora Ambar.
Foram caçar no melhor convívio uma raposa e um lobo. Apanharam dois carneiros. Comeram um enterraram o outro para o jantar do dia seguinte.
No dia seguinte chegou o lobo e disse para a comadre raposa:
- Vamos comer o carneiro?
- Hoje não: estou convidada para madrinha de uma criança.
No dia seguinte voltou o lobo e perguntou à comadre que nome dera ao afilhado:
- Um nome novo: comecei.
E ainda a raposa se desculpou nesse dia dizendo que ia ser madrinha de outro afilhado.
Voltou o lobo e perguntou à comadre que nome pusera ao afilhado.
-Meei - respondeu a espertalhona - e que pena tenho eu de ainda hoje o não poder acompanhar. Tenho hoje outro afilhado que baptizar, mas amanhã vou com certeza.
No dia seguinte voltou o lobo e perguntou - lhe pelo nome do afilhado.
- Pus - lhe: acabei.
E ambos se dirigiram para o lugar onde o carneiro fora enterrado. É claro que a raposa tinha sozinha papado o carneiro, deixando - lhe o rabo espetado no chão. Logo que avistaram o rabo, disse a raposa para o lobo:
- Enquanto eu aqui tiro um espinho do meu pezinho, vá o meu compadre andando, puxe com força pelo rabo e vá comendo e saboreando a carne.
O lobo seguiu o conselho da raposa. Lançou - se ao rabo com tanta força que caiu de costas com o rabo na boca. Carne nenhuma. Já a este tempo a raposa se tinha esgueirado para muito longe.
Wednesday, June 20, 2007
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